Counseling para que?

24/05/2021 | Escrito por CLEILA ELVIRA LYRA
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O counseling se oferece como alternativa para momentos como o que vivemos, de intensa incerteza, receio e ansiedade, sem que se configure em psicoterapia, mas indo além do campo do coaching.

Nestes tempos em que estamos enfrentando situações bastante difíceis em virtude da pandemia do COVID 19 e seus efeitos sobre nosso trabalho, família, amigos, temos percebido uma maior conscientização das pessoas, em geral, acerca da vulnerabilidade a que estamos sujeitos para fazer o mesmo que sempre fizemos, com segurança.

Essa sensação de fragilidade tem ameaçado nossa autoimagem profissional e nossas costumeiras defesas, com as quais sustentávamos nossos diferentes papéis e principalmente o papel profissional.

As organizações têm buscado soluções no campo da saúde mental, para seus colaboradores, alguns deles em funções de liderança, ou para equipes, mas nem sempre encontrando a melhor alternativa.

A atividade de counseling, que significa aconselhamento, foi desenvolvida por Carl Rogers, tendo sido difundida em alguns países como os Estados Unidos e Argentina, porém não sendo muito utilizada no Brasil, daí algum desconhecimento sobre suas potencialidades.

Como entendê-lo? Seu foco é a busca em um curto espaço de tempo, de promover em pessoas desorientadas, sobrecarregadas, confusas ou em crise, processos ativos de aprendizagem, com vistas a restaurar sua capacidade de autodireção e do desenvolvimento do seu potencial. Não se trata de dar conselhos, o counselor apoia seus clientes para que racionalmente e emocionalmente possam organizar o entendimento da situação presente e assim, encontrar caminhos, lidando com os obstáculos em busca de soluções. Esta abordagem pode ser útil tanto na vida pessoal quanto para questões relacionadas ao trabalho.

 De acordo com a American Counseling Association, o aconselhamento é definido como "uma relação profissional que capacita diversos indivíduos, famílias e grupos a atingir metas de saúde mental, bem-estar, educação e carreira". O aconselhamento envolve ajudar as pessoas a fazer as mudanças necessárias na maneira de pensar, sentir e se comportar, e é um processo colaborativo baseado em metas. Envolve um conselheiro que trabalha com o cliente para apoiá-lo a contar sua história, estabelecer metas viáveis, e desenvolver estratégias e planos necessários para atingir esses objetivos.

O Counseling se insere assim, no espaço entre as duas formas de desenvolvimento individual Coaching e Psicoterapia, se direcionando para questões emocionais atuais, e relacionando-se com intervenções breves, com foco determinado. Por exemplo: lidar com o stress, o medo, a insegurança em situações como esta da pandemia e/ou lidar com essas instabilidades na sua equipe de trabalho.  

O profissional counselor, deve ter formação em psicologia e outras formações em área clínica, além da experiência no mundo do trabalho. Com esse background, estará habilitado para atuar em nível mais profundo, envolvendo questões emocionais e afetivas, sem perder de vista a noção de tempo do mundo das organizações. Outra vantagem do counseling aplicado em organizações é a construção de parceria entre profissional e área de Pessoas no sentido de fornecer feedback sobre aspectos da cultura (elementos simbólicos como crenças, mitos e explícitos como comportamentos, valores, práticas congruentes e não congruentes e outros), que podem ser repensados e reformulados em decorrência dos possíveis efeitos não desejáveis pela organização. Salientando-se que a parceria deverá ser sempre sustentada pela ética, e isto significa a preservação de informações que possam identificar pessoas ou casos atendidos, posto que a confidencialidade é ingrediente essencial no processo.

 

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